domingo, 15 de março de 2009

A DESCOBERTA DO LIMPA-VIAS

Passaram dois dias, o limpa-vias e a sua família já estavam instalados e a começar a habituar-se a viver melhor. Os seus seis ou sete filhos já brincavam com outros miúdos, nos parques que haviam há volta da igreja, e já iam para uma escola perto da sua casa. A mulher do limpa-vias, Carla, ia começar a trabalhar a meio tempo, numa casa de acolhimento, como dissera o pároco.
Era Domingo, neste dia haviam dois casamentos para celebrar, o padre disse ao limpa-vias para o ajudar com os preparativos. Ao ajudar as pessoas a preparar a igreja ia falando melhor inglês, conhecer pessoas e deixou de ser acanhado. O limpa-vias viu como eram os casamentos em Nova Iorque, que comparados com os do seu país eram muito diferentes, muito bonitos e mais ricos.
Nesse dia, descobriu que o arroz que comera anteriormente, não era proveniente de Deus, mas sim das pessoas que assistiam aos casamentos, que o atiravam como forma de celebração. Ao descobrir isto, não deixou de acreditar em Deus, continuou a rezar, porque achava que o emprego e a vida nova que tinha também eram devido a Deus.






João José Barros da Silva
nº10 7º6

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