quarta-feira, 25 de março de 2009

Biografia

Ian McEwan



Ian McEwan nasceu no dia 21 de Junho de 1948, em Aldershot, Hampshire, Inglaterra e passou grande parte de sua infância no Extremo Oriente, Alemanha e África do Norte onde o seu pai exercia o cargo de oficial do exército. Ian voltou para Inglaterra onde estudou Inglês na Universidade Sussex e na Universidade de East Anglia, onde teve Malcom Bradbury como professor.
A primeira das suas obras publicadas foi a colecção de relatos “Primeiro amor, últimos ritos” (1975). Em 1998, e causando grande controvérsia, foi-lhe concedido o Prémio Man Booker pela novela “Amesterdão”. Em 1997 publicou “O fardo do amor”, considerada por muitos como uma obra-prima, sobre uma pessoa que sofre do síndroma de Clerambault.
O escritor britânico, é chamado por vezes de “Ian Macabro”, devido à natureza das suas primeiras obras, mas livro a livro tem-se convertido num dos mais conhecidos da sua geração. Além de escrever prosa também escreveu peças para a televisão e para o cinema.


Curiosidade:
Em Março e Abril de 2004, uns meses depois do governo britânico o convidar para jantar com a Primeira-dama dos Estados Unidos (Laura Bush), o Departamento de Segurança Nacional deste país impediu-o de entrar por não ter no passaporte, um visto apropriado para trabalhar (McEwan estava a preparar uma série de conferências remuneradas). Só vários dias depois e após se tornar público na imprensa britânica é que se lhe permitiu a entrada.













“O Sonhador”

Este livro fala de um rapaz, pré-adolescente, chamado Peter Fortune com dez anos, que vivia entre a fantasia e a realidade. A sua mãe chamava-se Viola Fortune, o pai Thomas Fortune e a sua irmã Kate Fortune. Diziam que era uma criança «difícil», Peter só compreendeu em adulto: ele era «difícil» por ser tão calado, porque passava os dias a sonhar acordado. Quando Peter percebe que as pessoas o consideravam estranho, resolve contar as suas histórias imaginadas e assim, ficamos a conhecer as suas viagens e aventuras, onde consegue ser um gato, um bebé e até um adulto…
Um pequeno excerto sobre a história em que ele faz desaparecer a sua família:
«Peter não duvidava de que ele e a mãe gostavam muito um do outro. Ela tinha-o ensinado a fazer caramelos, a ler e a escrever. Tinha saltado de pára-quedas uma vez e ficava em casa a cuidar dele quando estava doente. Era a única mãe que ele conhecia que conseguia fazer o pino sem apoio. Mas a decisão estava tomada e tinha de ir em frente. Tirou um bocado de creme frio com a ponta da luva. A luva não desapareceu. A magia parecia só funcionar em tecido vivo. Deixou cair o creme mesmo no meio das costas da mãe.
-Oh! -suspirou ela, sem muita convicção. - Isso é mesmo frio.
Peter começou a espalhar o creme uniformemente e a mãe começou logo a desaparecer.»

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