domingo, 31 de maio de 2009

O Rapaz Do Pijama Às Riscas

Bruno, um rapaz de 9 anos morava em Berlim. Certo dia chegou a casa depois da escola e, ficou surpreendido ao ver Maria, a criada, a mexer nas suas coisas, que eram dele e não diziam respeito a mais ninguém. Bruno perguntou educadamente a Maria o que se estava a passar, ela limitou-se apenas a dizer que eram ordens da mãe. Bruno foi perguntar á sua mãe porque é que Maria estava a mexer nas suas coisas, ela de imediato respondeu que essa era uma pergunta para mais tarde e ordenou a Bruno que fosse ajudar Maria. Bruno a princípio pensou que estava a ser posto fora de casa, mas não se lembrava de ter feito alguma asneira. Depois, a sua mãe explicou-lhe que iam mudar-se para outra cidade da Alemanha e que tudo isto ia acontecer devido ao emprego do pai. Bruno sentia-se triste por deixar os seus três melhores amigos para toda a vida (jurava ele) Karl, Daniel e Martin. Também teria de deixar para trás a grande casa de Berlim que tinha cinco andares a contar com a cave, no cimo havia um quartinho onde podia ver Berlim de uma ponta a outra, apenas se se pusesse em biquinhos de pés.
Quando Bruno viu a sua casa nova pela primeira vez não queria acreditar que iria viver ali, naquela casa tudo era o oposto da outra. A casa nova erguia-se num lugar sozinho sem qualquer casa por perto.
A irmã de Bruno, Gretel, era um «Caso Perdido». O senhor que lhes vendeu a casa, no pensamento de Bruno, era uma pessoa vil. Então deu àquela localidade o nome de ACHO-VIL.
Junto à nova casa existia uma vedação que, era um campo de concentração NAZI. Bruno nada sabia sobre aquela vedação, apenas sabia que o pai passava a maior parte do dia no outro lado da barreira.
Certo dia Bruno comentou com a irmã o aspecto das pessoas que viviam do outro lado da vedação, e logo surgiram tantas ideias que acabou por gerar uma discussão entre eles, mas Bruno reparou que todas os habitantes daquele sítio era homens e rapazes. Todos tinham o cabelo rapado e usavam um chapéu e pijama às riscas.Um dia, Bruno tinha comichão na cabeça e disse á mãe. A mãe, depois de lhe examinar a cabeça concluiu que ele tinha piolhos, por isso teve de cortar o cabelo, ficou careca.
O sonho de Bruno era ser explorador. Por isso decidiu explorar a casa nova, mas não havia nada de interessante. Então determinou que ia explorar aquela vedação, ver até onde ia. Então nessa tarde andou, andou e… andou. Cansado, já de ter caminhado muitos metros, provavelmente quilómetros, sentou-se junto a uma árvore e olhou em frente. Via um pontinho. O pontinho transformou-se em pinta, depois em mancha, depois num vulto e depois num rapaz. Esse rapaz sentou-se junto da vedação e imobilizou-se a olhar para Bruno. Após algum tempo, Bruno decidiu quebrar o silêncio dizendo «olá». O rapaz apresentou-se (chamava-se Shmuel) e travaram uma bela amizade. Bruno e Shnuel prometeram que voltariam ali todos os dias para conversarem. Bruno de todas as vezes que lá ia, levava sempre uma fatia de sobremesa ou até mesmo um pedaço do almoço para Shmuel, pois este parecia-lhe com fome e muito mal tratado.
Certo dia Bruno perguntou qual a razão de ali só existir homens. Shmuel explicou-lhe que vivia na Polónia e um dia mudaram-se para a Alemanha. Certo dia chegou a casa e encontrou a mão a fazer braçadeiras com os símbolos dos judeus e com o dos nazis.


Depois meteram a sua família numa carruagem, homens num lado e mulheres noutro. A carruagem parou e foram todos metidos num camião que os trouxe para um campo de concentração NAZI.
Shmuel explicou que o pai tinha desaparecido. E Bruno ofereceu-se para ajudá-lo a encontrar o pai. Devido ás semelhanças com Shmuel, Bruno apenas teve vestir-se com um chapéu e um pijama igual ao de Shmuel. Quando entraram, foram encaminhados para uma sala de ferro, com um forte odor a gás. Bruno, Shmuel e alguns dos «habitantes» daquele campo morreram intoxicados. Nunca mais se soube nada sobre Bruno.

Diogo Gonçalves 7º5 nº5

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